quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Morfina

Explique o que é a Morfina, de onde surge, como age no organismo, o que altera no comportamento de uma pessoa e quais suas consequências futuras com o seu uso.

12 comentários:

William Machado disse...

A morfina é um fármaco narcótico do grupo dos opióides, que é usado no tratamento sintomático da dor. Ela está presente no ópio.
Os opióides são agonistas dos receptores opióides. Estes existem em neurónios de algumas zonas do cérebro, medula espinal e nos sistemas neuronais do intestino.
Os receptores opióides são importantes na regulação normal da sensação da dor. A sua modulação é feita pelos opióides endogenos (fisiológicos), como as endorfinas e as encefalinas, que são neurotransmissores.
Existem quatro tipos de receptores opióides: mu, delta sigma e kappa. Os receptores mu são os mais significativos na acção analgésica, mas os delta e kappa partilham de algumas funções. Cada tipo de receptores é ligeiramente diferente do outro, e apesar de alguns opióides activarem todos de forma indiscriminada, alguns já foram desenvolvidos que activam apenas um subtipo.
Os opióides endógenos são péptidos (pequenas proteínas). Os fármacos opióides usados em terapia apesar de não serem proteínas têm conformações semelhantes em solução às dos opióides endógenos, activando os receptores em substituição destes.
Efeitos
* pode conduzir à dependência.
* Sedação
* Miose: constrição da pupila do olho
* Depressão respiratória: em overdose constitui a principal causa de morte. Há alguma diminuição da respiração mesmo em doses terapêuticas.
* Supressão da tosse: pode ser perigosa se houver infecções pulmonares.
* Rigidez muscular.
* Vasodilatação com calores na pele.
* Prurido cutâneo.
* Ansiedade, alucinações, pesadelos.
* Vómitos por activação da zona postrema medular centro emético neuronal.

-Incomuns:

* Libertação de hormona prolactina com possivel ginecomastia (crescimento das mamas) nos homens e galactorreia (secreção de leite) nas mulheres.
* Prolongamento do parto.
* Redução da função renal.

Principalmente há muitos estudos sobre alguém que está com câncer está também usando morfina.
Os narcóticos sendo usados através de injeções dentro das veias, ou em doses maiores por via oral, podem causar grande depressão respiratória e cardíaca. A pessoa perde a consciência, fica de cor meio azulada porque a respiração muito fraca quase não mais oxigena o sangue e a pressão arterial cai a ponto de o sangue não mais circular direito: é o estado de coma que se não for atendido pode levar à morte. Literalmente centenas ou mesmo milhares de pessoas morrem todo ano na Europa e Estados Unidos intoxicadas por heroína ou morfina. Além disso, como muitas vezes este uso é feito por injeção, com freqüência os dependentes acabam também por pegar infecções como hepatite e mesmo AIDS. Aqui no Brasil, uma destas drogas tem sido utilizada com alguma freqüência por injeção venosa: é propoxifeno (principalmente o Algafan®). Acontece que esta substância é muito irritante para as veias, que se inflamam e chegam a ficar obstruídas. Existem vários casos de pessoas com sérios problemas de circulação nos braços por causa disto. Há mesmo descrição de amputação deste membro devido ao uso crônico de Algafan® .

Luiza Nunes 1º E disse...

A morfina é uma substância narcótica e sintética (produzida em laboratório), derivada do ópio retirado do leite da papoula. Com uma grande utilidade na medicina, a morfina é usada como analgésico em casos extremos, como nos casos de traumas, partos, dores pós-operativas, graves queimaduras, etc.

O mecanismo de atuação da morfina age no sentido de dificultar a ação dos receptores opióides, já que essas estruturas são importantes na regulação normal da sensação da dor. A morfina é introduzida por via oral, subcutânea, intramuscular ou intravenosa, sendo que a superdosagem pode resultar em danos graves ao paciente.

Embora a morfina possua úteis funções medicinais, ela também é usada como droga. Nos EUA e na Europa existem um número expressivo de pessoas usando a morfina de forma abusiva. No Brasil, esses números são bem menores. Sob a forma de droga, a morfina é consumida por via oral através de comprimidos, gerando no usuário a sensação de prazer, bem-estar e euforia.

Os efeitos tóxicos podem se resumir em danificações nas regiões cerebrais, pupilas contraídas, forte prisão de ventre, náuseas, vômito, depressão, impotência e incapacidade de concentração. O uso prolongado pode levar ao vício, sendo que a abstinência à droga pode causar ansiedade, agitação, febre, náuseas, hipersensibilidade à dor, etc. Devido à dificuldade de acesso à droga, as pessoas que ficam viciadas no uso entorpecente da morfina são geralmente médicos e pessoas que têm contato direto com a substância.

João Pedro 1ºB disse...

A morfina é a primeira droga derivada do ópio produzida em laboratório. Foi produzida em 1803 e é usada no tratamento da dor. Também derivada da morfina, que por sua vez é usada com maior freqüência. A morfina é uma droga perigosa pois causa euforia, bem estar e dependência rápida. A dependência da morfina é tanto física quanto psicológica sendo que o usuário precisa de doses cada vez maiores. A dependência se caracteriza por tremores, ereção dos pêlos, suores, lacrimejamento, rinorreia, respiração rápida, temperatura elevada, ansiedade, anorexia, dores musculares, hostilidade, vômitos e diarréia.

A morfina causa sofrimento considerável para o dependente, pois seus sinais só desaparecem após uma dose de opióide. As conseqüências deixadas pela morfina são várias: deprimem as regiões do cérebro que controlam a respiração, os batimentos cardíacos e a pressão arterial do sangue. As pupilas ficam contraídas, o estômago e o intestino paralisam e apresenta forte prisão de ventre. A morfina também leva o usuário ao coma apresentado por perda de consciência, perda de oxigenação no sangue e a queda de pressão arterial que se não for socorrido rapidamente pode levar a morte.

Stéfano Marques 1ºB disse...

A morfina é uma derivada do ópio. Foi criada em 1803, pelo farmacêutico alemão Friedrich Wilhelm Adam Serturner, o mesmo deu nome ao remédio em homenagem ao Deus grego do sono, Morfeu.

Esta substância foi e é produzida em laboratórios, é usada para aliviar dores. Seu uso foi mais difundido a partir de 1853, com a invenção da seringa. É uma droga perigosa, pois pode causar dependência, por de seus sintomas colaterais citando, por exemplo, a euforia, e bem estar.

Também serviu para o tratamento alcoolismo e consumo de ópio, verificando-se mais tarde, que não existia efeito para estes tipos de tratamentos, e sendo altamente perigosos por levar uma nova dependência por esta droga, que poderia ocorrer com os que a utilizavam.

Na guerra Civil Americana, quatrocentos mil soldados, voltaram para suas casas com síndromes de dependência a Morfina, resultado de uso impróprio.

A morfina pode deixar o usuário dependente tanto psicológica quanto fisicamente. Como qualquer droga, os usuários precisam de doses cada vez maiores para poder chegar ao ápice.

Os principais efeitos úteis clinicamente da morfina são:

- Analgésica central com supressão nas dores físicas e emocionais;
- Anestesia para sedação;
- Co-adjuvante nos anestésicos gasosos, quando principal;
- Tratamentos de dores crônicas, e pós-operativa,
- Alivia dores agudas fortes.

Esta substância pode ser ministrada de várias formas, podendo ser via oral, intramuscular, subcutânea, intravenosa, epidural, intranasal ou transdérmica, sendo que estas três ultimas, são as menos utilizadas.

Os efeitos da morfina duram de 4 a 6 horas dentre os quais podemos citar:

- Alívio da dor e da ansiedade;
- Diminuição do sentimento de desconfiança
- Euforia;
- Tranqüilidade, sensação de bem-estar;
- Letargia, sonolência, depressão;
- Impotência;
- Incapacidade de concentração;
- Obstipação (prisão de ventre)
- Paralisia do estômago (sensação de saciedade)
- Amenorréia (ausência de menstruação)
-Contração da pupila;

O uso da morfina também pode levar o usuário ao coma, com perda de consciência, fraca oxigenação no sangue, queda da pressão arterial, que se não for socorrido rapidamente pode levar a morte.

A morfina pode deixar o usuário dependente tanto psicológica quanto fisicamente e como qualquer droga, os usuários precisam de doses cada vez maiores para poder chegar ao ápice. A falta do uso da droga causa a síndrome da abstinência, onde o usuário começa a sentir, com náuseas e vômitos, diarréia, cólicas intestinais, lacrimejamento, corrimento nasal, calafrios, cãibras musculares, tremores, ansiedade, hipersensibilidade a dor. Podem surgir também dores abdominais, lombalgia, dores no tórax e nos membros inferiores, que podem durar de 8 a 12 dias.

Por ser uma droga não muito fácil de ser encontrada no submundo das drogas no Brasil, a dependência química ocorre mais com os médicos que tem um acesso fácil a droga.

Liliane Rosa 7ºA disse...

A morfina foi descoberta em 1805, pelo assistente de farmácia Freidrich Sertuner, ao isolar este alcaloide a partir da resina da papoula (Papaver somniferum). Em alusão à sonolência que este causava, Sertuner denominou este opiácio em homenagem ao deus dos sonhos: Morfeu.

Atuando em receptores específicos do sistema nervoso, a morfina pode se apresentar na forma injetável ou em comprimidos, sendo utilizada como analgésico para o tratamento de dores crônicas, principalmente de pacientes terminais. Amplamente popularizada na década de 50, até hoje é requisitada nestes casos supracitados.

O médico Dráuzio Varella, por exemplo, aponta que não há outro fármaco capaz de romper as dores intensas e persistentes; mas afirma que a ignorância médica e burocracia fazem com que muitos indivíduos sejam negligenciados quanto à sua dor. Isso acontece porque a morfina tem um grande potencial em causar dependência física e psicológica em seus usuários, sendo assim rigidamente fiscalizados os estabelecimentos que a vendem. Desta forma, e também considerando seu baixo custo, muitos optam por não ofertá-la – e a classe médica forma o grupo mais representativo de usuários do uso entorpecente da morfina.

Com efeitos de duração que varia entre quatro e seis horas, alivia também a ansiedade e provoca a sensação de bem-estar. Entretanto, é capaz de causar problemas relacionados à concentração, náuseas, constipação intestinal, depressão do sistema respiratório e cardíaco e até mesmo a morte, caso seja ministrada de forma incorreta. Em caso de pessoas já dependentes, a crise de abstinência provoca tremores, náuseas, irritabilidade, insônia, hipersensibilidade à dor, taquicardia, diarreia, dentre outros. Nesta situação, o paciente necessitará ser internado, onde a desintoxicação deverá ser feita de forma progressiva.

GABRIELA MARQUES 1D disse...

A morfina é um fármaco narcótico do grupo dos opióides, que é usado no tratamento sintomático da dor. Ela está presente no ópio.



[editar] Usos clínicos
Dor crônica: é a primeira escolha no tratamento da dor crónica pós-operativa, no cancro e outras situações. Tem vindo a ser substituida como primeira escolha pelo fentanil.
Dor aguda forte: em trauma, dor de cabeça (cefaleia), ou no parto. Não se devem usar nas cólicas biliares (lítiase biliar ou pedra na vesícula) porque provocam espasmos que podem aumentar ainda mais a dor. Não é primeira escolha na dor inflamatória (são usados AINEs).
Na anestesia geral como adjuvante a gás anestésico principal.
[editar] Mecanismo de ação
Os opióides são agonistas dos receptores opióides. Estes existem em neurónios de algumas zonas do cérebro, medula espinal e nos sistemas neuronais do intestino.

Os receptores opióides são importantes na regulação normal da sensação da dor. A sua modulação é feita pelos opióides endogenos (fisiológicos), como as endorfinas e as encefalinas, que são neurotransmissores.

Existem quatro tipos de receptores opióides: mu, delta sigma e kappa. Os receptores mu são os mais significativos na acção analgésica, mas os delta e kappa partilham de algumas funções. Cada tipo de receptores é ligeiramente diferente do outro, e apesar de alguns opióides activarem todos de forma indiscriminada, alguns já foram desenvolvidos que activam apenas um subtipo.


Bulbo da papoila do ópioOs opióides endógenos são péptidos (pequenas proteínas). Os fármacos opióides usados em terapia apesar de não serem proteínas têm conformações semelhantes em solução às dos opióides endógenos, activando os receptores em substituição destes

GABRIELA MARQUES 1D disse...

A morfina é um fármaco narcótico do grupo dos opióides, que é usado no tratamento sintomático da dor. Ela está presente no ópio.



[editar] Usos clínicos
Dor crônica: é a primeira escolha no tratamento da dor crónica pós-operativa, no cancro e outras situações. Tem vindo a ser substituida como primeira escolha pelo fentanil.
Dor aguda forte: em trauma, dor de cabeça (cefaleia), ou no parto. Não se devem usar nas cólicas biliares (lítiase biliar ou pedra na vesícula) porque provocam espasmos que podem aumentar ainda mais a dor. Não é primeira escolha na dor inflamatória (são usados AINEs).
Na anestesia geral como adjuvante a gás anestésico principal.
[editar] Mecanismo de ação
Os opióides são agonistas dos receptores opióides. Estes existem em neurónios de algumas zonas do cérebro, medula espinal e nos sistemas neuronais do intestino.

Os receptores opióides são importantes na regulação normal da sensação da dor. A sua modulação é feita pelos opióides endogenos (fisiológicos), como as endorfinas e as encefalinas, que são neurotransmissores.

Existem quatro tipos de receptores opióides: mu, delta sigma e kappa. Os receptores mu são os mais significativos na acção analgésica, mas os delta e kappa partilham de algumas funções. Cada tipo de receptores é ligeiramente diferente do outro, e apesar de alguns opióides activarem todos de forma indiscriminada, alguns já foram desenvolvidos que activam apenas um subtipo.


Bulbo da papoila do ópioOs opióides endógenos são péptidos (pequenas proteínas). Os fármacos opióides usados em terapia apesar de não serem proteínas têm conformações semelhantes em solução às dos opióides endógenos, activando os receptores em substituição destes

Airton 7B disse...

A morfina foi descoberta em 1805, pelo assistente de farmácia Freidrich Sertuner, ao isolar este alcaloide a partir da resina da papoula (Papaver somniferum). Em alusão à sonolência que este causava, Sertuner denominou este opiácio em homenagem ao deus dos sonhos: Morfeu.
Atuando em receptores específicos do sistema nervoso, a morfina pode se apresentar na forma injetável ou em comprimidos, sendo utilizada como analgésico para o tratamento de dores crônicas, principalmente de pacientes terminais. Amplamente popularizada na década de 50, até hoje é requisitada nestes casos supracitados.
O médico Dráuzio Varella, por exemplo, aponta que não há outro fármaco capaz de romper as dores intensas e persistentes; mas afirma que a ignorância médica e burocracia fazem com que muitos indivíduos sejam negligenciados quanto à sua dor. Isso acontece porque a morfina tem um grande potencial em causar dependência física e psicológica em seus usuários, sendo assim rigidamente fiscalizados os estabelecimentos que a vendem. Desta forma, e também considerando seu baixo custo, muitos optam por não ofertá-la – e a classe médica forma o grupo mais representativo de usuários do uso entorpecente da morfina.
Com efeitos de duração que varia entre quatro e seis horas, alivia também a ansiedade e provoca a sensação de bem-estar. Entretanto, é capaz de causar problemas relacionados à concentração, náuseas, constipação intestinal, depressão do sistema respiratório e cardíaco e até mesmo a morte, caso seja ministrada de forma incorreta. Em caso de pessoas já dependentes, a crise de abstinência provoca tremores, náuseas, irritabilidade, insônia, hipersensibilidade à dor, taquicardia, diarreia, dentre outros. Nesta situação, o paciente necessitará ser internado, onde a desintoxicação deverá ser feita de forma progressiva.

Andressa ribeiro 2c disse...

*A morfina é a primeira droga, ou podemos chamar um fármaco narcótico, derivada do ópio. Foi criada em 1803, pelo farmacêutico alemão Friedrich Wilhelm Adam Serturner, o mesmo deu nome ao remédio em homenagem ao Deus grego do sono, Morfeu.

Esta substância foi e é produzida em laboratórios, é usada para aliviar dores. Seu uso foi mais difundido a partir de 1853, com a invenção da seringa. É uma droga perigosa, pois pode causar dependência, por de seus sintomas colaterais citando, por exemplo, a euforia, e bem estar.

Também serviu para o tratamento alcoolismo e consumo de ópio, verificando-se mais tarde, que não existia efeito para estes tipos de tratamentos, e sendo altamente perigosos por levar uma nova dependência por esta droga, que poderia ocorrer com os que a utilizavam.

Na guerra Civil Americana, quatrocentos mil soldados, voltaram para suas casas com síndromes de dependência a Morfina, resultado de uso impróprio.

A morfina pode deixar o usuário dependente tanto psicológica quanto fisicamente. Como qualquer droga, os usuários precisam de doses cada vez maiores para poder chegar ao ápice.

Os principais efeitos úteis clinicamente da morfina são:

- Analgésica central com supressão nas dores físicas e emocionais;
- Anestesia para sedação;
- Co-adjuvante nos anestésicos gasosos, quando principal;
- Tratamentos de dores crônicas, e pós-operativa,
- Alivia dores agudas fortes.

Esta substância pode ser ministrada de várias formas, podendo ser via oral, intramuscular, subcutânea, intravenosa, epidural, intranasal ou transdérmica, sendo que estas três ultimas, são as menos utilizadas.

Os efeitos da morfina duram de 4 a 6 horas dentre os quais podemos citar:

- Alívio da dor e da ansiedade;
- Diminuição do sentimento de desconfiança
- Euforia;
- Tranqüilidade, sensação de bem-estar;
- Letargia, sonolência, depressão;
- Impotência;
- Incapacidade de concentração;
- Obstipação (prisão de ventre)
- Paralisia do estômago (sensação de saciedade)
- Amenorréia (ausência de menstruação)
-Contração da pupila;

O uso da morfina também pode levar o usuário ao coma, com perda de consciência, fraca oxigenação no sangue, queda da pressão arterial, que se não for socorrido rapidamente pode levar a morte.

A morfina pode deixar o usuário dependente tanto psicológica quanto fisicamente e como qualquer droga, os usuários precisam de doses cada vez maiores para poder chegar ao ápice. A falta do uso da droga causa a síndrome da abstinência, onde o usuário começa a sentir, com náuseas e vômitos, diarréia, cólicas intestinais, lacrimejamento, corrimento nasal, calafrios, cãibras musculares, tremores, ansiedade, hipersensibilidade a dor. Podem surgir também dores abdominais, lombalgia, dores no tórax e nos membros inferiores, que podem durar de 8 a 12 dias.

Alexssandra Redu 7A disse...

Dor fraca qualquer analgésico espanta. Dores de intensidade intermediária, daquelas que melhoram com antiinflamatórios, impõem limitações, tiram a alegria, mas permitem que a vida siga em frente. Não é dessas dores que trato neste artigo, vou falar da dor forte, a mais trágica sensação transmitida pelo corpo.

No hospital, é fácil receitar morfina. Para o doente que está em casa, entretanto, a obtenção da droga é um drama para a família. Ou para ele mesmo se não tiver quem o ajude.

O médico é obrigado a fazer a receita num formulário amarelo, numerado. Para obtê-lo precisa se cadastrar numa repartição pública no centro da cidade, pessoalmente, de preferência. De posse da prescrição, começa a via sacra dos familiares atrás de uma farmácia que venda morfina. Mesmo nos grandes centros urbanos é muito difícil encontrá-la; nos bairros pobres e nas pequenas cidades, então, impossível.

Isso acontece porque as farmácias que vendem morfina obedecem a uma legislação que impõe fiscalização rígida. De fato, esses estabelecimentos são os mais fiscalizados. Se você fosse dono de farmácia, ia preferir vender morfina, que custa barato, e trazer o fiscal para dentro da sua casa ou os medicamentos que a indústria põe à venda a preços pirotécnicos sem qualquer fiscalização?

As dificuldades nessa área são de tal ordem, que o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul entrou com uma ação na Justiça contra a Vigilância Sanitária por cercear o exercício da medicina.

Embora seja a pior, a burocracia não é a única barreira para impedir que a morfina chegue às mãos dos que precisam dela. Tradicionalmente, a ênfase do ensino nas faculdades é colocada na cura das doenças, e não no alívio da dor. Como conseqüência, a maioria dos médicos conhece mal a farmacologia da morfina e se esquiva de prescrevê-la.

A terceira barreira é criada pelos próprios familiares do doente com dor crônica, que hesitam em aceitar a prescrição por achar que morfina só é indicada quando o caso está perdido.

De onde vem tanto preconceito contra essa droga milenar?

Vem da ignorância, como todo preconceito. O medo dos médicos, familiares e das autoridades que controlam a distribuição da droga é de que os usuários se tornem dependentes dela, razão jamais demonstrada cientificamente.

Num estudo conduzido em Boston que acompanhou 11.882 pacientes tratados com morfina, foram encontrados apenas quatro casos de dependência. Uma pesquisa feita em Nova York, com 10 mil queimados que receberam morfina durante várias semanas ou meses, não encontrou um caso sequer de dependência crônica.

No Brasil, os que padecem de dores crônicas de forte intensidade vivem um calvário, pela falta de acesso à assistência médica, porque os médicos receitam analgésicos inadequados e porque a burocracia cria entraves ao fornecimento de opiáceos.

Alexssandra Redu 7A disse...

No hospital, é fácil receitar morfina. Para o doente que está em casa, entretanto, a obtenção da droga é um drama para a família. Ou para ele mesmo se não tiver quem o ajude.

O médico é obrigado a fazer a receita num formulário amarelo, numerado. Para obtê-lo precisa se cadastrar numa repartição pública no centro da cidade, pessoalmente, de preferência. De posse da prescrição, começa a via sacra dos familiares atrás de uma farmácia que venda morfina. Mesmo nos grandes centros urbanos é muito difícil encontrá-la; nos bairros pobres e nas pequenas cidades, então, impossível.

Isso acontece porque as farmácias que vendem morfina obedecem a uma legislação que impõe fiscalização rígida. De fato, esses estabelecimentos são os mais fiscalizados. Se você fosse dono de farmácia, ia preferir vender morfina, que custa barato, e trazer o fiscal para dentro da sua casa ou os medicamentos que a indústria põe à venda a preços pirotécnicos sem qualquer fiscalização?

As dificuldades nessa área são de tal ordem, que o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul entrou com uma ação na Justiça contra a Vigilância Sanitária por cercear o exercício da medicina.

Embora seja a pior, a burocracia não é a única barreira para impedir que a morfina chegue às mãos dos que precisam dela. Tradicionalmente, a ênfase do ensino nas faculdades é colocada na cura das doenças, e não no alívio da dor. Como conseqüência, a maioria dos médicos conhece mal a farmacologia da morfina e se esquiva de prescrevê-la.

A terceira barreira é criada pelos próprios familiares do doente com dor crônica, que hesitam em aceitar a prescrição por achar que morfina só é indicada quando o caso está perdido.

De onde vem tanto preconceito contra essa droga milenar?

Vem da ignorância, como todo preconceito. O medo dos médicos, familiares e das autoridades que controlam a distribuição da droga é de que os usuários se tornem dependentes dela, razão jamais demonstrada cientificamente.

Num estudo conduzido em Boston que acompanhou 11.882 pacientes tratados com morfina, foram encontrados apenas quatro casos de dependência. Uma pesquisa feita em Nova York, com 10 mil queimados que receberam morfina durante várias semanas ou meses, não encontrou um caso sequer de dependência crônica.

No Brasil, os que padecem de dores crônicas de forte intensidade vivem um calvário, pela falta de acesso à assistência médica, porque os médicos receitam analgésicos inadequados e porque a burocracia cria entraves ao fornecimento de opiáceos.

As faculdades de medicina precisam ensinar aos estudantes que, ao lado da cura, aliviar a dor de quem sofre é a função mais nobre do médico. A Secretaria de Vigilância Sanitária tem de adotar as atuais normas internacionais para a liberação de morfina aos que necessitam (elas consideram absurda, por exemplo, a exigência de receituário especial).

Esse assunto interessa a todos. Nenhum de nós está livre de uma dessas dores traiçoeiras que atacam no meio do caminho ou no final dele. A natureza é impiedosa, não respeita as virtudes da pessoa.

Alexssandra Redu 7A disse...

Dor fraca qualquer analgésico espanta. Dores de intensidade intermediária, daquelas que melhoram com antiinflamatórios, impõem limitações, tiram a alegria, mas permitem que a vida siga em frente. Não é dessas dores que trato neste artigo, vou falar da dor forte, a mais trágica sensação transmitida pelo corpo.

As dores fortes podem vir em cólica ou como pontadas que não passam. A cólica ataca no abdômen, retorce, afrouxa e aperta de novo uma porção de vezes. Quando é muito forte, dá vontade de rolar no chão; a pessoa sente que vai se rasgar por dentro. Quem já teve cólica renal ou de vesícula sabe o que é isso.

A pontada que não passa é mais insidiosa: começa, aperta até atingir um platô e fica. Parece que enterraram uma faca na carne da gente. Depois de algumas horas com ela, a vida se transforma num vale de lágrimas. Às vezes, é pior do que a morte.

Como cancerologista, convivo com essas dores intensas, persistentes, há 30 anos. Nesse tempo, aprendi que elas só desaparecem com morfina.

Os demais analgésicos reduzem a intensidade, mas dificilmente acabam com dores muito fortes. A pessoa fica aliviada com eles, é lógico: doía 100, tomou o remédio, agora dói 30! Melhorou, mas a dor não foi embora; ficou lá, no fundo, como um alicate frouxo, pronto para apertar assim que diminuir o efeito analgésico. A morfina é a única droga que reduz esse tipo de dor a zero.